Te encontrei: Capitulo 193

Carol on

-eu to sonhando né?-ele falou sem acreditar
-não quer casar comigo?-fiz bico
-me belisca que acho que to sonhando-esticou o braço e o puxei pra cama me deitando por cima dele
-casa comigo?-falei com a boca próxima da dele
-é claro que caso

Me beijou e passou a mão em minha coxa de fora. Passei a mão na barriga dele e tirei a camiseta que ele vestia. Ele me olhou surpreso, mas não recuou, passei a pontinha da língua nos lábios dele e dei uma mordida nos mesmos, arranhando seu peito.

-a Helo ta aqui amor-disse se segurando, mas já podia sentir a ereção dele em baixo de mim
-em baixo do edredom ninguém vê
Puxei o edredom e me virei de costa pra ele, que entendeu o recado e tirou meu vestido, me virei de frente pra ele e tirei a bermuda dele.
-espera ai-ele levantou e foi até a mochila que ele trouxe e pegou algo que não vi e voltou pra cama
-o que é isso?-perguntei
-camisinha

Tirei meu sutiã e minha calcinha, ele tirou a cueca e puxou meu corpo, colando no dele. Agarrei seu membro já rígido e comecei a masturba-lo, com carinho eu passava o dedo pela cabecinha de seu membro e espalhava sua pré-ejaculação por todo seu pau, senti seus dedos gordinhos irem de encontro a minha vagina, e abri um pouco as pernas pra senti-lo melhor. Continuei a masturba-lo até sentir ele pulsar em meus dedos e senti-lo tão entregue assim pra mim, me fez gozar em seus dedos espetaculares.

-não era pra gozar-ele disse tirando minhas mãos dele
-tirasse os dedos de mim-ri o beijei

Escutei um barulhinho de plastico rasgando e já sabia o que era, ele tampou a cabeça e olhou pra baixo. Me virei de costa e ganhei um beijo no ombro, ele ergueu uma perna minha e me penetrou com velocidade, seus movimentos eram rápidos, gostosos, ele entrelaçou nossas mãos e diminuiu seus movimentos, me fazendo senti-lo por completo.

-quantas saudades eu senti-sussurrou no meu ouvido
-idem
-gostosa-mordeu meu pescoço
-humm-gemi baixo
-que buceta apertadinha amor-meu corpo se arrepiou
-shiu-sussurrei
-não dá pra ficar quieto, te sentindo assim depois de quase dois meses
-mete mais rápido e cala a boca-falei em um gemido

Ele riu em meu cangote e aumentou o ritmo de suas estocadas, senti seus dedos em meus mamilos rodeando eles, e metendo fundo, meu corpo se arrepiou e o empurrei de mim, sentei em seu membro e me deitei em seu peito, mexendo apenas o quadril. Ele nos virou na cama novamente e ficou por cima metendo rápido enquanto dizia sacanagens em meu ouvido, senti meu corpo estremecer e gozei, ele continuou estocando em mim até que senti ele tremer, ele tinha gozado. Ainda estávamos grudados, e o Luan ainda estava dentro de mim quando abriram a porta.

-amiga, como você ta?-a Bruna parecia preocupada
-ótima, por que?-perguntei, e só ai lembrei o que aconteceu antes da nossa transa escondidinha
-oush amiga, ta doida?-perguntou confusa
-desculpa, por um momento esqueci do meu pai-abaixei a cabeça e senti o Luan sair de dentro de mim
-humm-ele gemeu baixinho
-que foi pi?-a Bruna perguntou
-nada não-ele regularizou a respiração
-já entendi tudo, mas amiga vocês não comeram, então por favor se vista e desce pra comer, por favor, vai ficar tudo bem com seu pai
-esqueci de comer, já já eu desço Bru
-to descendo, qualquer coisa só chamar
-tudo bem, obrigada cunha-ela saiu do quarto
-tarada, esqueceu a porta aberta-ele falou rindo
-na hora nem lembrei de porta, eu só queria te sentir
-safada, bora descer?
-vamos tomar um banho antes, não vou descer cheirando sexo
-você não ta cheirando..-o interrompi
-to sim, sente só-dei uma fungada
-ta bom, bora pro banho, vem
-vai na frente

Ele saiu correndo com a bunda de fora e entrou no banheiro, ri dele e fiz o mesmo. Tomamos um banho rápido, eu estava um pouco receosa por conta do meu corpo, engordei pouco na gravidez, mas mesmo assim meu corpo se modificou, eu estava com vergonha do Luan, e ele percebeu, mas respeitou meu espaço.

-esse pedido de casamento não foi oficial-disse enquanto descíamos
-logico que foi, eu pedi e você aceitou, fim
-é o homem quem tem que pedir
-começou com o machismo, cala a boca e vamos comer
-para de me mandar calar a boca
-você só fala merda e em horas improprias Luan
-não me chama de Luan
-começou com a bipolaridade, fica ai falando sozinho, que to sem saco pra ficar escutando essa baboseiras

Fui pra cozinha e ele logo veio atras, mas em silêncio, fiz meu prato, e ele ficou me olhando, sabia que ele estava esperando que eu fizesse o prato dele, mas se ele quiser vai ter que pedir. Coloquei meu prato no micro ondas pra esquentar e ele me parou

-eu não vou comer só isso
-e quem disse que esse prato é pra você?
-ah não é?-disse sem graça
-não, é o meu prato
-você sempre faz o meu, pensei que era pra mim
-você não me pediu nada
-nunca precisei
-pois se quiser agora vai ter que pedir e me convencer
-amorzinho faz meu prato vai, por favor, eu te amo, te dou uma longa noite de prazer
-ta você me convenceu-lhe dei um selinho

******

Cheguei no hospital em São Paulo que meu pai está internado e o médico já veio falar comigo.

-o que aconteceu?
-ele piorou, muito, eu sinto muito, mas acho que ele não vai resistir, ele também sabe disso, por isso pediu pra falar com a senhora-travei no mesmo momento
-você ta me dizendo que ele vai..-não consegui terminar a frase e já pude sentir as minhas lágrimas escorrerem
-eu sinto muito, fizemos tudo pudemos, a transfusão ta marcada pra daqui três dias, mas..-deixou o fim da frase no ar
-vou ligar pra minha mãe
-a suas irmãs estão lá com ele

Ligação on
-mãe?-funguei
-o que aconteceu filha? Como ele está?
-ele está morrendo mãe, deixa a Helo ai com a Mari e vem pra cá
-ta bom-ela soluçou e desligou
Ligação off

Cheguei no quarto de UTI que meu pai estava e abracei minhas irmãs que estavam sentadas no sofá ao lado dele, cumprimentei elas rapidamente e fui falar com meu pai.

-como o senhor está?-tentei ser forte
-agora eu to bem, eu to quase indo embora filha, eu só preciso de um perdão pra ir, chama sua mãe
-ela já ta vindo-funguei
-não chora filha, lembra que eu disse que ia segurar sua filha? Eu segurei, fiz ela dormir, eu pude curtir os primeiros dias dela, foi maravilhoso, agora eu preciso ir
-pai não fala isso-a Cassia pediu chorando

Conversamos pouco, eu queria era ficar ao lado dele e só. Recebi uma mensagem da Mari que dizia que a Helo estava inquieta, e ela já tinha tentado de tudo, mas nada fazia ela parar, alguns minutos depois minha mãe entrou afobada na sala.

-não vai Tony, não faz isso com a gente-ela disse se aproximando
-me perdoa Malu, eu não posso ir sem seu perdão
-para você não vai a lugar nenhum
-dizem que quando a gente está preste a morrer o filme da nossa vida passa na nossa frente né, o meu filme já passou, e eu preciso do seu perdão Malu, as meninas já me perdoaram por ter sido incapaz, me perdoa também, eu vou estar em um lugar melhor, eu vou olhar por vocês
-eu perdoo, já perdoei faz tempo-minha mãe o beijou rapidamente
-eu amo vocês-ele disse sorrindo e do nada escutei um bipe do aparelho cardíaco
-não pai, não vai, não faz isso comigo, você tem que me levar ao altar, pai volta, PAI-gritei a ultima palavra enquanto minhas irmãs choravam comigo e minha mãe apertava o botão pra chamar alguém
-vocês precisam sair-o médico disse

Senti minha mão que segurava a dele ser apertada, mas ele não estava mais entre nós, um nó se instalou na minha garganta e desabei ali mesmo, chamando por ele, novamente minha mão foi apertada, mas um enfermeiro tirou minha mão dele e me levou pra fora.

Me senti sem chão, eu não sabia o que fazer, não sabia como agir, eu não estava preparada. Fechei meus olhos e joguei minha cabeça pra trás, sentindo um ventinho perto de mim, meu corpo todo se arrepiou, e meu coração se aliviou de repente. Eu podia sentir a presença dele aqui, e isso me fez chorar mais ainda, meu celular tocou e era a Mari.

Ligação on
-querida, a Helo está chorando muito e não para tem como voltar? Eu e a Bruna já tentamos de tudo e ela não para
-to voltando já Mari-disse em um fio de voz, mas acho que foi compreensível
-o que aconteceu querida?
-ele se foi, meu pai Mari-chorei mais ainda e desliguei
Ligação off

-Helo não para de chorar, preciso ir pra casa-falei me levantando do chão e minha mãe tomou minha bolsa de mim, pegando a chave do meu carro
-pega um táxi, eu resolvo tudo
-me da a chave vou com meu carro
-nem pensar, olha seu estado Carol, vai de táxi sim

Chegou uma mensagem no meu celular da Bruna dizendo que estava vindo me buscar. Voltei a me sentar no chão junto com a minha tristeza

-não vai mais?
-a Bruna ta vindo me buscar-vi o médico aparecer e abaixei a cabeça, voltando a chorar
-eu sinto muito, mas ele não resistiu

Me levantei e sai sem rumo procurando a saída do hospital. Algumas pessoas me reconheciam, mas não dizia nada, vi algumas pessoas tirando fotos minha acabada do jeito que eu estava, mas não me importei, cheguei na frente do hospital e me sentei na calçada chorando, enquanto a Bruna não chegava. Eu queria o Luan, queria ele aqui comigo, mas infelizmente ele estava fazendo show, preferi nem ligar pra ele, ou ele viria correndo e iria largar tudo.

-vem-a Bruna me puxou pelo braço e só ai percebi a presença dela
-ele se foi Bru
-eu sinto muito, o Pi ta vindo pra cá, vai ficar tudo bem
-você falou pra ele?
-minha mãe ligou depois que você desligou
-não Bruna, ele vai deixar tudo, não pode-falei atordoada
-vocês são uma família agora Carol entenda que ele vai estar do seu lado pro que você precisar, em qualquer situação, vai ficar tudo bem-ela alisou meu cabelo e apenas assenti

Fui o caminho todo olhando todas as fotos que tiramos tirada, no ultimo churrasco que teve em casa, pra comemorar a chegada da Helo. Umas fotos do parque que fomos passear. Meu choro ficou absurdamente mais forte, e a minha dor já era física, parece que um trator tinha passado por cima de mim.